terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A Verdade Varrida pra Debaixo do Tapete

Segue um texto muito interessante da Larissa Beppler, postado no seu blog http://larissabeppler.wordpress.com/


Impressionante é a incoerência da mídia esportiva brasileira.
Em 2005, quando nada relacionava o árbitro que aceitou suborno de casa de apostas ao clube campeão, ninguém teve esta seriedade, “imparcialidade” ao tratar o assunto. Estigmatizaram o clube vencedor quando todos julgaram por bem que as partidas manipuladas fossem anuladas e remarcadas. Bastou o Corinthians vencer os dois jogos em que havia mesmo sido prejudicado anteriormente, para todos mudarem de idéia e afirmarem que o campeonato havia sido manchado, manipulado.
Em 2008, quando o clube que venceu afirmou presentear autoridades do futebol, numa relação promíscua, quando o presidente da Federação Paulista de Futebol afirmou: ‘Alguém do São Paulo tentou enviar um envelope ao juiz’, quando a CBF, contrariando o Estatuto do Torcedor, afastou o árbitro da partida, embora tenha mantido os bandeiras (um deles responsável pela não-marcação de um impedimento de mais de um metro!), a mídia inteira propaga que o São Paulo é o campeão incontestável, mesmo tendo o vice, Grêmio, permanecido na liderança pelo maior período de tempo.
Mas, não basta só isentar o São Paulo ou consagra-lo, os imprensaleiros vão além:
Emissoras de Tv, em seus sites oficiais, limitaram perguntas e comentários, uma delas, aceitou 350 comentários em seu blog matinal, todos de tricolores e simplesmente vetou os comentários contra o clube e o campeonato.
Estão transformando um provável caso de corrupção generalizado num simples mal entendido. É o jeitinho brasileiro de ser.
Se fala em campeão incontestável, mas não se menciona dados interessantes como o publicado em um blog por um Assessor Mercado da NET que contou:
“Desde ontem após o jogo do SP até hoje ao meio dia, portanto 18 horas aproximadamente, a NET e a SKY registraram juntas 11.239 pedidos de cancelamento dos pacotes PREMIERE FUTEBOL CLUBE e demais relacionados. Os 11 pedidos que atendi pessoalmente, 10 se disseram enganados, que pagaram o ano todo por um produto corrompido. Tais números são internos e nenhuma empresa divulga MKT contra, mas como além de trabalhar aqui, possuo caráter, achei bom divulgar o quanto o povo brasileiro está desacreditado do futebol. Ano passado no mesmo período tivemos pouco mais de 320 cancelamentos no Brasil todo.”
O próprio Estatuto do Torcedor refere que:
Art. 32. É direito do torcedor que os árbitros de cada partida sejam escolhidos mediante sorteio, dentre aqueles previamente selecionados.
§ 1o O sorteio será realizado no mínimo quarenta e oito horas antes de cada rodada, em local e data previamente definidos.
Mas ninguém deu a menor atenção a isto. Nenhum meio de comunicação se manifestou sobre tal.
É preciso se reportar ao Sul do país, provavelmente por ter sido o local mais prejudicado, para encontrar um texto de indignação publicado num importante veículo de comunicação. Foi o que aconteceu no Jornal Zero Hora de Porto Alegre, na coluna de Paulo Santana, confira:
“Terminou ontem um campeonato nacional malcheiroso.
Na última rodada, segundo manifestação da própria CBF, havia uma manipulação armada para garantir resultado no jogo entre Goiás e São Paulo.
Em síntese, o São Paulo tomou todas as providências para ser campeão. O alvo era o árbitro Wagner Tardelli e foi atingido no âmago.
Não foi a CBF que constatou a manipulação. Foi a Federação Paulista. Embora não tenha sido esclarecida a manipulação, do episódio brotaram as evidências de que a urdidura partiu do São Paulo.
Como tanto adverti no rádio e na televisão e uma vez nesta coluna, a troca de mando de campo do jogo do Goiás contra o São Paulo foi imoral.
Obrigou-se o Goiás a jogar em Brasília, onde ontem 95% da torcida era favorável ao São Paulo. Uma vergonha!
Nunca vi uma troca de mando de campo prejudicar um terceiro, no caso o Grêmio, e favorecer vergonhosamente um segundo, no caso o São Paulo. Sem punir o faltoso, o Goiás.
Uma vergonha.
Caiu do céu para o São Paulo o jogo marcado para Brasília: nas duas últimas rodadas, o time paulistano jogou em “sua” casa, no Morumbi e, ontem, no estádio do Gama. A troca foi feita para garantir ao São Paulo dois locais propícios para sua festa.
Onde estão a igualdade e o equilíbrio do campeonato?
Outro absurdo: ao constatar, por notícia do Ministério Público e da Federação Paulista, que tinha havido manipulação de resultado na rodada final, junto ao árbitro, a CBF trocou o juiz e não trocou os bandeirinhas escalados.
Se a arbitragem tinha sido manipulada, os bandeirinhas pertencem à arbitragem. Então, como é que a CBF não trocou os bandeirinhas?
Uma vergonha.
Essa manipulação do resultado do jogo de Brasília leva o universo dos torcedores de futebol a uma desilusão.
Não foi a CBF que flagrou a manipulação, a manobra criminosa de manipulação do resultado foi levada a efeito com a CBF completamente desinformada da contaminação de seu árbitro.
E aí surge a pergunta: quantos outros resultados foram manipulados? Quantos?
Até quando vai prosseguir a barganha de jogos manipulados junto às arbitragens?
Corre uma baba cloacal sobre as arbitragens brasileiras.
A aparência é sempre de moralidade. Mas, por baixo da superfície, corre um mar de lama, clubes do Rio e de São Paulo fazem o que bem querem dos resultados, em desfavor dos otários clubes provincianos.
Isso precisa acabar. Embora, como se vê, isso nunca vá acabar.
Campeonato roubado pelo São Paulo. Tanto pelo gol anulado do Botafogo, no jogo contra o São Paulo, quanto ontem pelo vergonhoso gol de impedimento do São Paulo sobre o Goiás, que decretou o título de bandeja para o poderio financeiro do São Paulo, que manipula a seu bel-prazer as arbitragens.
Assim é desanimador torcer por futebol. Constatar-se que os resultados são mudados ao sabor de negociatas, a maioria delas de tal subterraneidade que nem de longe são percebidas pelas torcidas e pela imprensa, constitui-se numa tragédia incomparável para o esporte.
O São Paulo tinha de ser o campeão. Precaveu-se contra qualquer azar ou demérito fora do campo.
Tristemente decreta-se num lodaçal que o campeão é o que tem mais dinheiro e pode comprar quem ele bem quiser.”
.
É por isso que a frase da semana é a antiga e cada vez mais atual constatação de Rui Barbosa:
“De tanto ver triunfar as nulidades,de tanto ver prosperar a desonra,de tanto ver crescer a injustiça,de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,o homem chega a desanimar da virtude,a rir-se da honra,a ter vergonha de ser honesto.”

** O torcedor brasileiro merece saber a verdade. Desde quando o SP vem influencianco as arbitragens? Até que ponto essas ações favoreceram as últimas conquistas?

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Exemplo de uso inteligente de recursos

Me desculpem por postar esse texto aqui... Ele é do blog do Paulinho. Mas eu achei interessante o destino de verbas que deveriam servir para facilitar a inclusão social através do esporte. Acho importante que todos estejamos conscientes das coisas que acontecem nos bastidores de clubes importantes no cenário nacional.

Só os grandes têm vez

Novembro 4, 2008 by Paulinho

Do CORREIO BRAZILIENSE

POLÍTICA - 02/11/2008

Levantamento revela que grandes clubes e Ongs comandadas por ex-atletas de renome receberam 40% de 64 milhões doados por meio da Lei de Incentivo ao Esporte. Meta de inclusão social é prejudicada

IZABELLE TORRES

DA EQUIPE DO CORREIO

Criada para fomentar o desporto e promover a inclusão social, a Lei 11.438/2006, batizada de Lei de Incentivo ao Esporte, tem descumprido uma de suas funções primordiais em quase metade dos projetos que beneficia. O objetivo de incluir jovens de baixa renda em atividades sociais desportivas passa longe da maioria dos projetos aprovados pelo Ministério do Esporte em 2007 e 2008. Levantamento realizado pelo Correio mostra que, à custa da renúncia tributária em favor de empresas que patrocinam atividades esportivas, grandes clubes e organizações não-governamentais (ONGs) capitaneadas por gente famosa se beneficiaram de 40% dos R$ 64 milhões repassados desde o ano passado por meio da lei.

Do total, 30% foram destinados a dois grandes clubes do país. Enquanto isso, pequenas entidades dedicadas a projetos sociais amargam na fila à espera de doações e da boa vontade de empresários. A análise dos projetos aprovados demonstra não apenas que o volume de recursos captados é proporcional ao tamanho da instituição, mas também que quantias que poderiam priorizar a inserção de pessoas de baixa renda patrocinam reformas em arquibancadas e construções de estacionamentos de grandes clubes. Para essas duas finalidades, o São Paulo Futebol Clube, campeão de arrecadação, captou R$ 4,3 milhões, tendo recebido outros R$ 9,5 milhões no último ano para obras de vestiários, centro médico e de reabilitação.

Outros clubes que receberam doações de empresas, como o Esporte Clube Pinheiros, o BNB Fortaleza e o Minas Tênis Clube, não realizam atividade de inclusão social. Para praticar esporte gratuitamente nesses locais, só depois de um teste de seleção: nada de escolinhas e aulas de formação para quem ainda não tem prática e não aprendeu o esporte.

Questionados pela reportagem se teriam vaga para um aluno carente, os clubes afirmaram não ter atividades adequadas e gratuitas para iniciantes. Algumas ONGs também conseguem com facilidade os recursos pleiteados por meio da lei. A maioria delas é chefiada por pessoas famosas, que podem dar às empresas dividendos em marketing em troca da doação. É o caso do Instituto Passe de Mágica.

Criado pela ex-jogadora de basquete conhecida como Magic Paula, a entidade recebeu R$ 287 mil de empresas menos de um mês depois de seu projeto ter sido aprovado pelo Ministério do Esporte.

A ex-jogadora de basquete Janeth Arcain conseguiu mais de R$ 1 milhão para patrocinar o instituto que leva seu nome. O judoca Rogério Sampaio arrecadou para sua associação mais de R$164 mil, sendo que a entidade não oferece curso gratuito para jovens carentes, segundo informou a secretária por telefone. Enquanto grandes clubes e instituições de gente famosa recebem os recursos e doações, em média, um mês depois da aprovação do projeto pelo ministério, entidades pequenas amargam meses à espera de patrocinadores, que nem sempre aparecem no prazo determinado para a captação da verba.

Pelo menos cinco pequenas organizações que desenvolvem atividades de inclusão aguardam doadores. É o caso do Instituto Cultural e Profissionalizante de Portadores de Deficiência do DF, do Instituto Olga Kos de Inclusão Cultural, que cuida de pessoas com Síndrome de Down, e da Federação Goiana de Basquete em Cadeira de Rodas. “A lei ficou elitizada demais. Para quem não faz parte dos esportes comerciais é bem difícil arranjar as doações. É uma pena, mas ficou mais fácil para projetos pouco voltados para a inclusão social, porque os grandes clubes se articulam melhor com as grandes empresas doadoras”, diz a idealizadora do instituto Olga Kos, Virna Munhoz.

PARA SABER MAIS

Esperança para o setor

Depois de mais de 20 anos tramitando no Congresso, a Lei de Incentivo ao Esporte foi aprovada em 2006. Desejada por entidades e atletas e considerada por especialistas uma grande esperança para o desenvolvimento do desporto no país, a norma prevê que patrocínios e doações para a realização de projetos desportivos sejam descontados do Imposto de Renda. Esses gastos poderão ser deduzidos em até 6% para pessoas fisicas e 1 % para pessoas jurídicas.

Para aprovar um projeto, a entidade interessada deve se cadastrar no site do Ministério do Esporte e enviar sua proposta. Os dados serão analisados por uma comissão técnica do órgão que pode aprovar ou não a doação de empresas à instituição em troca de benefícios tributários. Apesar de tratar deforma genérica os tipos de projetos que podem ser aprovados, a lei se refere diretamente a atividades de inclusão social, “preferencialmente em comunidades de vulnerabilidade social”.

ELENCO DE AGRACIADOS

São Paulo Futebol Clube

R$6,6 milhões para alojamento de atletas

R$4,3 milhões para arquibancadas e estacionamento

R$2,7 milhões para o centro de reabilitação

Associação Esportiva Janeth Arcam

R$1,1 milhão para formação esportiva de 675 pessoas

Esporte Clube Pinheiros

R$ 4,1 milhões para o programa de formação desportiva para 800 atletas não profissionais

BNB Clube de Fortaleza

R$256 mil para reforma da quadra e construção de cobertura

Federação Paulista de Hipismo

R$1,2 milhão para fortalecimento do hipismo

Instituto Passe de Mágica (ex-jogadora de basquete Magic Paula)

R$287 mil para o projeto Educação através do Esporte

Instituto Brilho Brasileiro (Tenista Vanessa Menga)

R$179 mil para o projeto crianças e jovens que brilham

Instituto Rumo Náutico

R$172,5 mil para o projeto Grael

PEQUENAS ENTIDADES À ESPERA DAS DOAÇÕES

Federação Goiana de Basquetebol em Cadeira de Rodas

R$1 milhão

Associação Brasiliense de Atividades Terapéuticas e Esportivas

R$215 mil

Instituto Olga Kos de inclusão Cultural

R$390 mil

Suspeita de “desvio grave”

O distanciamento entre instituições pouco conhecidas e os benefícios da Lei de Incentivo ao Esporte é explicado pelo advogado especialista em desporto José Ricardo Rezende como resultado da falta de estrutura dessas organizações para elaborar projetos e cumprir critérios formais previstos na norma. Segundo Rezende, não se pode ignorar o fato de que para conseguir os recursos é preciso reunir profissionais com ampla capacidade de planejamento e gestão de projetos, o que demanda a contratação prévia dos serviços ou a sensibilização para o trabalho voluntário.

“Como o custo dessa contratação é inviável para entidades comunitárias e isso é uma realidade que temos de enfrentar, fica evidenciado que a grande maioria dos famosos projetos sociais esportivos de pequeno porte dificilmente terá acesso aos recursos incentivados, seja pela informalidade com que desenvolvem suas atividades, seja pela falta de preparo para lidar com questões burocráticas”, diz o advogado. Para Rezende, a desvantagem dessas instituições fica mais evidente porque, na briga pelos recursos, estão também entidades desportivas dotadas de alta capacidade de articulação.

Fiscalização

“Sem falar no facilitado acesso dessas entidades às empresas de grande porte, que são os principais patrocinadores. Mas não podemos condená-las por isso. Afinal, a lei é para todos”, afirma Rezende. 0 senador Álvaro Dias (PSDB-PR) considera lamentável o fato de que a maior parte dos recursos liberados por meio da lei beneficie grandes grupos e ONGs influentes. Para o tucano, é preciso que haja fiscalização desses investimentos e rigor do ministério nas aprovações dos projetos. “Está havendo um claro desvio de finalidade. A lei tem de ajudar as pessoas carentes e as pequenas entidades, e não patrocinar reforma de arquibancada de grandes clubes à custa de renúncia fiscal.”

Dias ressalta também que alguns valores são exagerados para o público que o projeto atenderá. É o caso dos R$ 20 milhões aprovados para a Confederação Brasileira de Desporto realizar campeonatos e do R$1 milhão liberado para a

Associação Esportiva e Recreativa (USIPA) promover natação para 340 crianças. “Tudo isso tem de ser fiscalizado de perto. Não creio que o ministério esteja fazendo isso”, critica o senador.

O líder do PSDB no Senado, ArthurVirgíIio (PSDB-AM), faz coro. Ele considera um absurdo que as instituições ricas recebam recursos com facilidade, enquanto entidades pequenas que trabalham nas regiões distantes e precisam de dinheiro sequer sabem como fazer para receber os benefícios.

“É um desvio grave. A lei tem de servir para beneficiar os mais carentes. Não se pode abrir espaço para qualquer financiamento”, afirma Virgílio. Por meio de assessoria de imprensa, o Ministério do Esporte disse que não se trata de “abrir espaço para qualquer tipo de financiamento esportivo”, pois só podem ser financiados os projetos previstos na norma e nos seus regulamentos. Segundo a assessoria, exceções e permissões estão previstas na legislação e são obedecidas pela comissão técnica responsável por analisar as propostas. (IT)

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Enquanto isso...

O Corneteiros tá numa fase de mudança de temporada. Ultimanente os posts estavam bem raros, eu comentava os jogos do Peixe, o Ramon ainda comentava os posts, mas nem tinha nada dos outros times. O blog entrará numa fase de mudança de temporada, vamos ver o que virá pela fente.

Continuarei escrevendo do Santos, dos jogos, coisas legais, notícias, fotos, etc, num blog que eu criei para isso. Se o Cornetas voltar com força, postarei os reviews de jogos do Santos aqui também.

Enquanto isso... http://www.vileirosantista.blogspot.com/

sábado, 25 de outubro de 2008

São Fábio Costa!

Jogo de 6 pontos na Vila contra o Figueira. Estádio lotado, festa para o retorno do capitão Fábio Costa à Vila, depois de 3 meses ausente. Já tinha jogado contra o Botafogo no Rio, mas hoje, foi o reencontro com a torcida do Santos. E o Santos contando com desfalques importantes... Fabiano Eller, Domingos e Wendel. O time comandado por Marcio Fernandes entrou sonolento, o time de Santa Catarina pressionava mais e dominou o campo. Numa bola perdida por Robson no meio, Adailton fez pênalti bem assinalado por Alicio Pena. E seria justo o time do Figueira sair na frente, não fosse ele, Fabio Costa no gol. A torcida começou a chama-lo antes do chute... e no chute a explosão: o capitão pulou e defendeu com propriedade. Foi um gol para o Santos, uma injeção de ânimo que acordou a equipe. Como eu dizia, Douglas era bom, mas para ele faltava esses milagres que só Fábio Costa faz. E fez.

Com isso o peixão acordou, foi pra cima e numa tabela linda de Bida / Rodrigo Souto, o Santos chegou na cara do gol, perderam a chance, mas na sobra, Kleber jogou na área e o oportunista Molina assinalou. Três minutos depois e Bida estufava as redes, matando a bola no peito e chutando sem deixar cair. E o time saiu debaixo de aplausos, mas que só se justificavam depois dafesa do pênalti.

No segundo tempo o Santos veio com tudo, perdeu alguns gols, mas com muita calma e controle do jogo, já não sofri mais ameças do Figueira. E num escanteio pela direita, Molina colocou a bola no pé de Rodrigo Souto que de voleio estufou as redes. Goleada feita, três pontos garantidos e abrindo cinco pontos do Figueira.

E agora, mermão?

Agora é Sport, lá na Ilha. Jogo duro... jogo duríssimo! Lá o empate terá sabor de goleada. Vamos com cautela, fechadinhos, jogando no erro deles para sair com ponto. O principal é que será outro jogo de seis pontos, afinal, o Sport está a 2 pontos do time da Vila.

Bola cheia!
- Fábio Costa: foi o diferencial do time, que acordou a equipe, fazendo dos seus milagres.
- Rodrigo Souto: melhor em campo, jogou uma partida impecável!
- Bida: grande jogo, aparecendo perto do ataque, dando boas oportunidades e marcando.
- Molina: jogou muito, fez gol, deu assistência, passes, dominou o meio. É outro pós-contusão!

Bola murcha:
- Pará: jogo discreto, não apoiou muito e não fez as vezes do Wendel.
- Zaga: Bateram cabeça, se enrolaram demais e marcaram pênalti desnecessário.
- Róbson: perdeu a bola no meio que gerou o pênalti e não tem muitos cacoetes lá na frente.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Nada como um dia após o outro...



Quanta incoerência! Depois do clássico de ontem, não vi nenhum são-paulino reclamando da atuação do Sálvio, nem os tradicionais dirigentes-vereadores nervosas, técnico mal educado e blogueiros chorões, apesar da falta escandalosa não marcada no campo de ataque do Palmeiras, no lance que resultou no penalti do primeiro gol. Por que hoje eles não estão pedindo que o árbitro em questão seja vetado dos jogos do SP?

domingo, 19 de outubro de 2008

Falta pouco...

Não vi o jogo, estava em Sampa, ouvi o final da partida para dar sorte... e vi os melhores momentos. O Santos contou com o retorno do capião Fabio Costa que fechou o gol, mostrando que voltou com ritmo e fazendo das suas. Gosto quando ele defende e vibra, como se fosse um "gol" dele! Sem contar com o artilheiro do ano, K9, o Santos chutou MUITO de fora da área, dando trabalho ao goleiro do Botafogo. Molina parece que depois que se curou, voltou a ter seu futebol bacana da Libertadores. E marcou o gol da vitória, numa falta com pouco ângulo.

Como não vi, não dá para fazer mais comentários, mas fica aqui o registro.

E agora?

Santos pega o Figueira na Vila... é pra ganhar, outro confronto direito e depois, se vier a vitória, poderemos dizer que o Santos enfim, escapou de vez do perigo do rebaixamento.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Isso é Santos!

Vou esquecer o placar de 2x0 pro Grêmio. Não vou considerar. Era um resultado esperado, derrota pro Grêmio fora. Vou analisar o time do Santos. Com 3 minutos o Grêmio chutou de fora da área, a bola brecou no Domingos e deixou o atacante tricolor sozinho para fazer o tento. Um gol de sorte, de muita sorte. Fizemos um gol relâmpago contra o CAP e tomamos um assim contra o Grêmio. Mas o time do Marcio Fernandes não se abalou e jogou mais que tricolor gaúcho. As chances santistas foram surgindo com o bom toque de bola no meio e com as boas investidas de Wendel. O problema santista estava nas costas do lateral esquerdo Fabio Santos, no lugar de Kleber, convocado pela Seleção. Molina quase fez olímpico e as tramóias santistas foram boas. No lado do Grêmio, os contra-ataques era quase letais, mas sempre tinha um pé salvador do INCRÍVEL Domingos ou uma mão milagrosa do SENSACIONAL Douglas.

O segundo tempo foi bonito de se ver... lá e cá, jogo corrido. Santos não tomou conhecimento de estádio Olímpico, líder do campeonato nem nada. Jogou de igual pra igual e isso me encheu de orgulho. Lá pelas tantas o time tricolor enfiou um canudo na trave, mas o Santos não se abalou. K9 meteu na trave e na ira pedindo um escanteio levou o 3o. amarelo. Fora do jogo contra o Bostafogo no dia 18, no Rio. E o Grêmio ainda salvou bola em cima da linha, goleirão pegou uma bomba do Carletto no finalzinho e quase no último lance o juizão não deu um pênalti ESCANDALOSO pro Santos. Um soco na bola... a reação de TODOS os jogadores santistas entregou o pênalti. Mas juiz cagão não marcou e no lance seguinte, Eller fez uma falta, levou segundo amarelo, foi pra rua e o Grêmio ampliou numa falha do goleiro Douglas, que não teve sua ótima atuação ofuscada por esse lance, afinal, já era o último lance e o time estava abalado em campo pela GARFADA do juiz safado.

Sumiram gandulas, juiz punindo os jogadores santistas... time do Grêmio merece se foder também. Timinho sem vergonha.

Mas fico feliz mesmo com a grande atuação do Santos. Poderia ter empatado... poderia ter vencido com um pouco de sorte e com um juiz neutro. O choro é livre, mas o orgulho é maior do que o choro. Esse é o Santos que eu conheço, o Santos que vai pra casa de qualquer um e não se fecha. Não aguento mais ver Santos retrancado fora... jogou na casa do líder de igual pra igual e se jogar assim até o final do campeonato beliscará vitórias fora e não ficará no G4-.

E agora danado?

Agora é Botafogo no Rio, no Engenhão. Boas lembranças de lá... ano passado, o Botafogo levou a sua primeira derrota da história no novo estádio contra o Santos. Um 2x1 com direito a um golaço no final do jogo, numa tabela de Pelé x Coutinho, protagonizada por Kléber x Renatinho. Vamos sem Eller e sem K9. Na real, foi bom esse terceiro cartão agora. Seria péssimo ficar sem o artilheiro na Vila, contra o Figueirense no dia 25, por exemplo.

Bola cheia
- Domingos: foi decisivo no gol, a bola pegou nele e parou, mas foi azar. Fora isso foi a ALMA do Santos. Jogou honrando as cores do time, o nome e a tradição. Valeu Domingueira!
- Douglas: moleque pega MUITO! Cata mesmo... falhou no 2o. gol, mas como mencionei, não mudou nada e já tava abalado.
- Wendel: deitando e rolando
- Cuevas: jogando muito, partindo pra cima

Bola murcha
- Eller: dois amarelos bobos... foi pra rua. Mas até foi preciso em alguns lances decisivos.
- Fabio Santos: foi o corredor dos contra-ataques tricolor. Não agradou. Comentei ainda com o meu pai que eu teria entrado com o Carletto.
- Thiago Luis: coitado, entra e não toca na bola... não tem aquele espírito de talismã, de entrar e fazer alguma.
- Juiz: atendendo ao pedido da Glenda... juiz SAFADO que alterou o resultado do jogo do Santos.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A hora da verdade!

Cansei de repetir aqui neste blog que o São Paulo de 2008 é um time chato, burocrático, repleto de jogadores abaixo da crítica e principalmente mal treinado, mal planejado e mal administrado na temporada. Tanto que acompanhar os jogos do SPFC no Brasileiro tem sido tarefa árdua, até mesmo para torcedores mais assíduos e apaixonados - categoria na qual modestamente me incluo.

E a despeito de tudo isso, o São Paulo entra em campo pela 29ª rodada (restando, portanto, 10 jogos para o final do Campeonato Brasileiro) com chances de título, o terceiro consecutivo. Sim, porque se há uma única coisa que esse time tem, mesmo repleto de defeitos, é experiência de decidir, e o campeonato apresenta um nível tão baixo que isso pode fazer diferença. Os quatro pontos de diferença para os líderes podem ser facilmente diluídos nestes 30 que ainda faltam ser disputados. Bem verdade que, por outro lado, essa diferença pode aumentar.

Por isso tudo, após a vitória sobre o Cruzeiro no Morumbi, a hora de decisão no Brasileiro chegou para o São Paulo. Seriam 3 jogos que definiriam, sem dúvida, o destino da equipe no torneio: Ipatinga (fora), Náutico (em casa) e Palmeiras (fora). A vitória frente aos dois primeiros permitiria ao clube chegar no confronto direto no clássico pra consignar suas aspirações: briga efetivamente pelo título ou corre atrás da 6ª Libertadores seguida. A primeira etapa foi superada com a vitória contra os mineiros, mesmo sem jogar um grande futebol (tônica do SP, mesmo nos melhores momentos no ano e no BR´08).

Quinta-feira, o time encara o Náutico no Morumbi. Empate ou derrota selam antecipadamente o destino do clube no torneio. A vitória coloca o clássico como a grande decisão, ao menos para o Tricolor. A importância desta seqüencia justifica-se pela continuidade do campeonato. Considero a tabela favorável ao Tricolor, se comparada as dos rivais nesta briga. Rivais estes que, após a mesma 30ª rodada, a meu ver, também terão evidenciadas suas reais aspirações. Palmeiras, Gremio, São Paulo, Cruzeiro e Flamengo.

Portanto, a hora da verdade chegou. É melhor procurar esquecer que o time possui tantos defeitos e que, numa suposta conquista, será tranquilamente o time mais fraco a ter levado o torneio nacional. Esquecer em termos, pois é diante desta incontestável deficiência técnica e tática que o São Paulo tem que entender que não é o mesmo time de anos passados. Mas é um time que tem Rogério Ceni, Miranda e Hernanes, tranquilamente entre os melhores de suas posições jogando no Brasil.

A sorte do São Paulo (e precisaremos muito dela, de fato..) está lançada.

sábado, 4 de outubro de 2008

Pra lavar a alma...

Mais um dos chamados jogos de 6 pontos pro time da Vila, desta vez contra o CAP, que até então estava invicto sob o comando do técnico Geninho. Vila lotada, clima de final e com menos de um minuto de gol, Cuevas, que já vinha jogando muito nas partidas anteriores marcou um GOLAÇO! Cruzamento na meia lua e o paraguaio pegou de primeira, sem deixar cair. Golaço e começou a farra. O time do Santos até relaxou um pouco, mas o CAP não agredia. Cuevas ia pra cima, apoiado pela boa partida do lateral Wendel e pelas investidas do Molina, que ganhou a vaga de Michael que não jogou por contusão. E Molina marcou o segundo gol num chute curzado, que passou por todo mundo e morreu nas redes.

Defesa sólida, Domigos com a camisa de número 150, homenagem aos 150 jogos com o manto do Santos e Eller, agora de cabelo curto cuidado da cozinha. O clima era de bom futebol, tabela na defesa para sair jogando, colocando o ataque do time paranaense na roda. No segundo tempo, outro gol relâmpago. Kléber entrou na área, armou o chute e foi calçado por tras. Bola na marca do pênalti e rede estufada. Como no ano passado, o artilheiro comemorou de forma contida, em respeito a seu ex-clube. Goleada encaminhada, Santos jogando bem e o CAP simplesmente não agrediu mais. Deu até tempo para gritos de "olé... olé..." aos 25 minutos do segundo tempo. E numa falta pela esquera, Kléber fez o que não fazia faz tempo: acertou a cabeça de alguém na área e Eller, sem cabelão marcou o quarto gol santista.

Bom golear... bom mesmo é golear e jogando direitinho. Tá certo que o gol com segundos de partida favoreceram à tranquilidade, mas o Santos ganhou de um adversário direto e de quebra viu todos os seus rivais do fundo da tabela perdendo (menos o Figueira que ganhou do Vasco, mas eram 6 pontos e o Fluminense que empatou em casa!).

E agora senhor?

Seis pontos acima da zona da degola e tour fora de Santos. Grêmio e Botafogo. Jogar fechadinho contra o tricolor gaúcho, igual como foi contra o Inter... acertar um contra-ataque e tentar o empate. Contra o Botafogo é jogar pra ganhar.

Bola cheia
- Wendel: partidaça!
- Kléber: foi raçudo na marcação, ganhando todas e cruzou pro gol.
- K9: Jogou... marcou!
- Cuevas: INFERNAL!
- Molina: deu mais ofensividade ao time.
- Torcida Santista e a linda festa!

Bola murcha:
- Ninguém... deixa nós curtirmos... 6 pontos acima da zona, caimos na zona da Sul Americana... hoje é tudo festa!